Neste spin-off (ou 4 filme) somos apresentados à nova-iorquina Molly Wright ( Tessa Thompson ), que, quando criança, descobriu que existem alienígenas na Terra e viu seus pais terem as memórias apagadas pelos Homens de Preto. Ao chegar à vida adulta, Molly passa a investigar em segredo algumas das ações dos extraterrestres e da agência habituada a mantê-los longe dos seres humanos – e, quando finalmente consegue ser recrutada para estagiar na MIB, logo é mandada para a filial de Londres e começa a ser treinada pelo Agente H. ( Chris Hemsworth ) A partir daí, uma trama cada vez mais maluca e complicada vai se desenrolando, criando até mesmo a ideia de que um espião possa estar infiltrado na organização.
O filme não é ruim, chega a ser divertido e provoca algumas risadas na plateia, mas se comparado aos filmes anteriores ele deixa a desejar. MIB: Internacional não se propõem a se aprofundar em seu próprio título ao contrário do que a campanha publicitária pregava. Seria legal ver como funcionam as agências nos países que o filme nos apresenta e, quando digo países, não são muitos. Três no máximo se contarmos a agência inglesa. Pra mim, isso é um exemplo da má execução do projeto, faltou abraçar de vez o clima dos filmes anteriores dirigidos por Barry Sonnenfeld ( de A Família Addams ) e sem se envergonhar disso. O que torna as coisas um pouco mais decepcionantes já que a direção é de F. Gary Gray, responsável por Velozes e Furiosos 8 (2017) e Straight Outta Compton: A História do N.W.A. (2015) ambos os filmes bem melhores do que esse longa.
O roteiro escrito por Matt Holloway e Art Marcum ( de Homem de Ferro , 2008) é muito previsível e se esforça demais para soar desinteressante desde o primeiro frame. A dupla de roteiristas não consegue criar situações novas para explorar a química obvia entre Hemsworth e Thompson e seu já notório timing cômico , o que vemos na tela é puro mérito dos atores. O roteiro ignora até mesmo Pawny, o personagem mais carismático do filme e interpretado pelo ator Kumail Nanjiani . De todos os personagens, a Riza interpretada pela atriz sueca Rebecca Ferguson talvez seja a mais desperdiçada do filme. E sei que vou soar repetitivo mas, o filme perdeu a chance de mostrar como seriam as outras agências ao redor do mundo, além dos países apresentados no filme ( França e Marrocos ) , como seriam as agências Japonesa, Mexicana, Alemã ? Ou imagine quantas piadas foram perdidas com uma possível agência brasileira ?
Se MIB: Internacional escapa de ser uma bomba total, é graças ao elenco que sustenta o filme do início ao fim. Eu veria a Tessa Thompson e o Chris Hemsworth contracenando por horas a fio, eles tem uma química maravilhosa como poucos atores tem e, confesso, essa franquia ainda tem muita lenha pra queimar. Isso, é claro, se os roteiristas resolverem trabalhar direito. Eu não me importaria em ver Will Smith e Tommy Lee Jones fazendo uma ponta em um eventual 5° filme da série ou que Emma Thompson participasse mais da ação. Sei lá, só queria que a criatividade dos roteiristas fosse tão rica e infinita quanto o universo...
PS: Sim, Sérgio Mallandro ( o artista e não o juiz 😃😃😃) faz uma pequena participação no filme, confirmando o que todos "sabiam". A Sony deveria ter chamado o Dr. Rey , o Rogério Skylab, ET de Varginha dentre outros para uma ponta na versão nacional do longa. 😂😂😂😂😂😂
🎬 : ★★
MIB: Homens de Preto -Internacional( MIB: International – EUA – 2019)
Direção: F. Gary Gray
Roteiro: Matt Holloway e Art Marcum
Elenco: Chris Hemsworth , Tessa Thompson , Liam Neeson , Emma Thompson , Rebecca Ferguson , Kayvan Novak e a voz de Kumail Nanjiani.
Gênero: Ficção-Científica, Comédia
Duração: 115 min