O cineasta Terry Gilliam, 77 anos, sofreu um acidente vascular cerebral (AVC) e foi hospitalizado neste final de semana em Londres. Segundo a família, o diretor de filmes do Monty Python e Os 12 Macacos passa bem e está fora de perigo. Porém, ele deverá se ausentar do Festival de Cannes 2018, que começou nesta terça-feira (8), e no qual ele apresentaria seu projeto de longa data O Homem que matou Dom Quixote .
Porém, a novela em torno da produção continua, e talvez O Homem que matou Dom Quixote nem seja exibido na Riviera Francesa. O produtor português Paulo Branco, que afirma deter os direitos do longa-metragem, entrou com uma ação civil em Paris pedindo o cancelamento da exibição. O tribunal revelará sua decisão nesta quarta-feira (9).
Estrelado por Jonathan Pryce, Adam Driver e Olga Kurylenko, O Homem que matou Dom Quixote conta a história de um homem que retoma o sonho de juventude de se tornar um grande diretor adaptando uma versão poética do clássico de Miguel Cervantes, e enfrenta problemas quando seu protagonista acredita ser o cavaleiro medieval do clássico literário.
O Homem que matou Dom Quixote enfrenta uma espécie de maldição há cerca de 30 anos. No ano 2000, o filme foi interrompido após uma série de adversidades, como inundações nos locais de gravação e uma hérnia de disco no ator francês Jean Rochefort, já falecido. Então casados, Johnny Depp e Vanessa Paradis completariam o elenco principal.
Esta produção infernal foi contada no documentário Perdido em La Mancha, de Keith Fulton e Louis Pepe. Está marcado para junho em Paris o anúncio da sentença sobre a possível indenização do cineasta a Paulo Branco, por causa de direitos sobre o filme.
O Homem que matou Dom Quixote tem data de estreia definida no Brasil.